Uma grande dúvida essa! O principal risco de fazer uma tatuagem para quem tem psoríase é o surgimento das lesões psoriásicas provocadas pelo trauma. Sabemos que qualquer traumatismo que ocorre na pele, como um corte, uma picada de inseto ou queimaduras solares, pode provocar as lesões da psoríase. Isso é conhecido como o fenômeno de Koebner. O fenômeno de Koebner é bem conhecido pelos dermatologistas e ocorre em cerca de 25% das pessoas com psoríase que sofrem um trauma na pele. Normalmente, as lesões aparecem de 10 a 20 dias depois o trauma.
Como as tatuagens causam traumatismo cutâneo, quem tem psoríase pode desenvolver lesões na região e ao redor da tatuagem. Independentemente da psoríase, as tatuagens aumentam os riscos de infecções e de contaminação (que podem incluir HIV, hepatite B ou C e tétano). Por fim, pode ocorrer uma reação alérgica à tinta utilizada, e isso contribuir para ativar o sistema imunológico e causar uma série de reações inflamatórias, piorando as lesões da psoríase.
Infelizmente, os médicos ainda não conseguem prever quem terá esse tipo de reação. Mas se sua psoríase já foi desencadeada por traumas cutâneos no passado, você deve pensar duas vezes antes de se tatuar. Além disso, como o fenômeno de Koebner é mais provável de ocorrer quando você está com a psoríase ativa, provavelmente é melhor não se tatuar durante esta fase da doença, aguardando a estabilização do quadro. Por isso, para quem tem a doença, é melhor avaliar com bastante critério os riscos e os benefícios da tatuagem. Uma consulta com seu dermatologista e uma conversa detalhada sobre os prós e contras da tatuagem são essenciais.